Os tocantinenses têm enfrentado episódios de eventos climáticos extremos nos últimos meses, como ventos de 100 km/h e temperaturas até 5 °C acima da média. Esses são alguns exemplos do que o fenômeno natural El Niño, caracterizado pelo aquecimento do oceano Pacífico, pode causar. Para janeiro, é esperada a variação entre dias com grandes ondas de calor e outros com chuvas intensas, acompanhadas de ventos fortes e volume expressivo de descargas atmosféricas. A previsão é que o fenômeno siga em vigência no Brasil e impactando o Tocantins até meados de abril.
E essas condições climáticas impactam não apenas o dia a dia das pessoas, mas a agricultura, a economia e o fornecimento de energia. “Enfrentamos desde interrupção de energia em decorrência dos ventos, que causam impacto direto na rede elétrica, a elevação do consumo durante os períodos de onda de calor. Por isso, monitoramos continuamente o clima, por meio de uma empresa especializada, e usamos essas informações para planejamento e organização do nosso trabalho diariamente e de forma antecipada”, conta o coordenador do Centro de Operação da Energisa, Tony Franco.
“O monitoramento do tempo, no dia a dia, é de extrema importância, pois os dados meteorológicos podem fornecer informações que visam a tomada de ações para proteção do sistema elétrico, como hidrelétricas, subestações, torres e linhas de transmissão”, explica a meteorologista do Grupo Storm, Ana Paula Paes.
É a partir dessas informações que o Grupo Storm repassa à concessionária de energia que a empresa prevê onde precisará alocar mais equipes técnicas para atender as ocorrências, enquanto os operadores seguem atuando remotamente do Centro de Operação, de onde é possível realizar manobras na rede elétrica e transferir cargas de um ponto para cobrir outro que foi afetado por um evento externo. Além de realizar manutenções preventivas, nas ruas, as equipes operacionais ganham reforços e são alocadas em pontos estratégicos para realizar atendimentos cada vez mais ágeis e assertivos. Constantemente, a empresa vem investindo na frota, ferramentas e outros equipamentos que podem sustentar as operações, mesmo diante das condições climáticas adversas.
Severidade climática
E depois que o clima se torna severo, o que fazer? A principal orientação da concessionária de energia é zelar pela segurança. “A primeira recomendação é retirar os equipamentos elétricos das tomadas durante as tempestades para evitar choques elétricos. Em locais com possibilidade de enchentes ou alagamentos, é essencial deixar o disjuntor desligado e jamais tocar em fiação ou cabos rompidos”, explica a coordenadora de saúde e segurança da Energisa Tocantins, Luciana Teixeira.
Já em relação à rede elétrica, é preciso manter distância caso aviste cabos rompidos por galhos ou outras coisas lançadas pelo vento nos fios de energia, e jamais tentar retirar qualquer tipo de objeto da rede elétrica, pois eles podem estar energizados e causar choques fatais. “Para evitar acidentes com descargas atmosféricas, orientamos evitar áreas descampadas, ficar longe de árvores e estruturas metálicas e não manusear equipamentos ligados à tomada durante as tempestades”, finaliza a coordenadora.
A Energisa orienta aos clientes a informarem ocorrências de falta de energia por meio dos canais digitais. O atendimento é disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana. Pelo aplicativo Energisa On (disponível no Google Play ou App Store do celular), atendente virtual pelo WhatsApp (Gisa): www.gisa.energisa.