Ex-prefeito de Palmas e outros 11 são condenados por desvio de dinheiro na coleta de lixo da capital

O ex-prefeito de Palmas Raul Filho foi condenado a cinco anos e 10 meses de prisão por lavagem de dinheiro. O processo é relacionado a um esquema de desvios de recursos na coleta de lixo da capital durante o período em que Raul Filho esteve a frente da prefeitura. A pena inicialmente é em regime semiaberto, mas a Justiça autorizou que o político recorra em liberdade.

Além da prisão, a decisão também determina a perda de qualquer função pública para o ex-prefeito. A defesa de Raul Filho foi procurada para comentar a decisão e ainda não se manifestou.

A investigação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Tocantins. A sentença foi determinada pelo juiz Rafael Gonçalves de Paula, da 3ª vara criminal de Palmas.

O inquérito é referente a fatos ocorridos entre os anos de 2006 e 2010. A acusação é de que houve fraude na contratação da empresa Delta Construções S.A, chamada para fazer a limpeza urbana da capital. O desvio seria de aproximadamente R$ 13 milhões. Para obter as vantagens, uma segunda empresa chamada Plácido Correia da Silva ME teria sido utilizada como uma terceirizada que prestava serviços para a Delta.

Além do ex-prefeito, outras 11 pessoas também foram condenadas, inclusive amigos e parentes próximos dele, a penas que varias de três a cinco anos de prisão. “Os acusados se associaram, de forma organizada e estruturada, dividindo tarefas, com o fim de cometer crimes de fraudes à licitação, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e outros, cujas condutas foram realizadas no período correspondente aos dois mandatos do então Prefeito Raul de Jesus Lustosa Filho à frente da Prefeitura Municipal de Palmas”, afirma a decisão.

Durante o processo, os investigados não conseguiram apresentar provas de que serviços que foram pagos pela gestão para as empresas tenham sido de fato realizados. Os advogados alegaram que os documentos já não existem por serem muito antigos, mas a Justiça entendeu que houve sonegação de informações.

A relação entre o ex-prefeito Raul Filho e a empresa, inclusive, foi alvo da operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Na época, a polícia investigava a exploração de máquinas caça-níqueis, jogo de azar, entre outras práticas.

Com informações / G1 Tocantins

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