Já com o plantio de soja em fase final, os produtores se preocupam agora com o andamento e qualidade da safra 23/24. No Tocantins, os cooperados da Frísia já se encontram com 90% das áreas destinadas ao cultivo de soja plantadas. Com o clima instável desde o início do plantio no Estado, o cenário de enfrentamento de chuvas irregulares e temperaturas intensas impera.
O calor fora do comum para esta época do ano, aliado a chuvas esparsas, resulta em desigualdade no cultivo e indicam uma possível perda de produtividade. Enquanto alguns campos progridem, outros enfrentam dificuldades, exigindo do produtor, em alguns casos, o replantio. O desafio central é garantir que a soja seja plantada adequadamente e medidas adicionais sejam tomadas conforme a safra evolui.
O diretor executivo da Frísia no Tocantins, Marcelo Cavazotti, destaca que diante desses desafios climáticos, os produtores precisam adotar ações preventivas, como preparo e cobertura de solo e escolha criteriosa de materiais de plantio. “É preciso seguir rigorosamente os tratos culturais, permanecer atento a pragas e doenças, além de aplicar os complementos de fertilidade necessários. Após esse preparo, só resta aguardar que as chuvas se normalizem e proporcionem um ambiente mais úmido para o cultivo”, comenta.
“É importante destacar que dentro da mesma propriedade, há casos em que a quantidade de chuva atinge 50 milímetros em uma área, enquanto na outra, não chove de forma alguma. Essa falta de uniformidade nas chuvas impacta consideravelmente a implantação da cultura, e assim, o desafio reside em garantir o nascimento saudável da soja, apesar das condições climáticas imprevisíveis”, explica.
Cavazotti pontua que as incertezas relacionadas ao clima tornam difícil prever totalmente os resultados, porém esclarece que o setor permanece otimista, esperando condições climáticas mais favoráveis que garantam uma safra bem-sucedida. “Mesmo com os desafios, a atual safra de verão no sul do Brasil e na Argentina continua robusta, com regiões apresentando lavouras promissoras”.
Apesar desses aspectos positivos, o profissional aleta para uma possível quebra na safra e que pode ser ainda mais significativa, dada a continuidade dos desafios climáticos já enfrentados. “Quanto aos preços da soja, acredito que permanecerão relativamente estáveis, e qualquer impacto decorrente de uma potencial quebra de safra será mais pontual do que generalizado. Grandes alterações nos preços não são antecipadas, mas isso pode depender do desenrolar dos eventos durante o restante da temporada”, finaliza.
Fonte: Kiw Assessoria de Comunicação