Atuação do MPTO no Tribunal do Júri leva à condenação homem que errou o alvo e matou uma criança de 10 anos

Os jurados do Tribunal do Júri acolheram as teses do Ministério Público do Tocantins (MPTO) e condenaram, nesta terça-feira, 17, Paulo Rocha Paixão a 16 anos e seis meses de prisão pelo assassinato do menino Rodrigo Alves Rodrigues, 10 anos.

O crime foi motivado por vingança, pois, supostamente, o pai da vítima, Lenir Rodrigues da Cunha, mantinha relacionamento extraconjugal com a esposa do réu.

O crime ocorreu em uma estrada vicinal na zona rural de Palmas, em 7 de fevereiro de 2019. Em emboscada, Paulo Paixão escondeu-se em uma vegetação do local e atirou contra Lenir Rodrigues da Cunha, que passava dirigindo sua caminhonete, acompanhado do filho Rodrigo Alves Rodrigues. O tiro passou de raspão no braço de Lenir e atingiu a cabeça do menino, ocasionando sua morte.

Durante o julgamento, o promotor de Justiça Argemiro Ferreira dos Santos Neto defendeu as teses de motivo torpe, pois o crime foi motivado por ciúme e suposta traição; e de recurso que dificultou a defesa da vítima, pois Lenir e o filho foram surpreendidos com o tiro, sendo impossível reagir ao disparo de arma de fogo.

Paulo Paulo Rocha Paixão deverá cumprir pena de mais de 16 anos, inicialmente em regime fechado, e terá que pagar indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil aos familiares da vítima.

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