A saúde renal é um componente crucial do bem-estar humano, mas muitas vezes é negligenciada até que problemas significativos se manifestem. Um dos mais comuns é a chamada ‘doença renal’ (seja ela aguda ou crônica), que pode levar à insuficiência renal.
A condição em sua forma grave atinge mais de dez milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde (MS). A boa notícia é que, com o diagnóstico correto e intervenção médica adequada, a enfermidade pode ter seus efeitos reduzidos. Sintomas como alterações na urina, fadiga, dificuldade de concentração, perda de apetite, anemia e alteração na pressão arterial podem indicar problemas renais. A detecção precoce é a chave para evitar a progressão da doença renal crônica.
O tema ganha especial atenção na segunda quinta-feira do mês de março, quando é celebrado o Dia Mundial do Rim. A data foi criada pela Sociedade Internacional de Nefrologia e busca promover a conscientização sobre a crescente presença de doenças renais em todo o mundo. O órgão do corpo humano é responsável, por exemplo, por limpar todas as impurezas e toxinas do nosso organismo, regular a água e manter o equilíbrio de substâncias minerais.
Embora tenham similaridades, a doença renal aguda (DRA) e a doença renal crônica (DRC) possuem importantes diferenças na causa, duração e progressão. A primeira é caracterizada por uma redução súbita e reversível da função renal, causada por fatores como isquemia, obstrução ou medicações nefrotóxicas. A segunda é uma perda progressiva e irreversível da função renal, que pode levar à insuficiência renal terminal e necessidade de diálise ou transplante.
Diagnóstico
A bioquímica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Luciana Figueira, explica que os exames de dosagem de ureia e creatinina são os principais meios de rastreamento de uma doença nos rins. “É a partir destes exames de sangue que o nefrologista pode descobrir alguma possível doença renal, pois quando os rins não funcionam corretamente ocorre um acúmulo dessas substâncias no sangue e isso aparece nos resultados”, afirma.
Segundo a profissional, os exames devem ser feitos, no mínimo, anualmente ou a critério do médico. Isso porque, a depender do paciente, pode ser necessário realizar mais de uma vez no mesmo período. Mesmo pacientes acometidos pela doença renal crônica podem precisar de exames para avaliar a evolução da condição.
Outra opção muito indicada por médicos é o exame de urina, que identifica infecções do trato urinário, doenças renais e condições sistêmicas. “Quando são identificadas alterações, outros exames complementares de diagnóstico podem ser solicitados, a fim de descobrir a origem do problema”, esclarece a bioquímica.
De acordo com o Ministério da Saúde, a progressão lenta da doença permite que o organismo se adapte à diminuição da função renal. Desta forma, sintomas da condição podem surgir tardiamente, quando o rim já perdeu até 90% da função. Daí a importância de verificar a saúde dos rins com a frequência indicada pelo médico.
Os principais sinais da doença renal crônica são: aumento do volume e alteração da cor da urina; fadiga; dificuldade de concentração; perda de apetite; sangue e espuma na urina; incômodo ao urinar, anemia e alteração na pressão arterial.
Prevenção
A prevenção à doença renal crônica passa por adotar hábitos saudáveis de vida. Isso inclui manter uma dieta balanceada, com baixo teor de sódio e açúcar, e rica em frutas, vegetais e grãos integrais. Controlar a pressão arterial e o nível de açúcar no sangue, além de manter um peso saudável, também são fundamentais.
Além disso, evitar o consumo excessivo de álcool e não fumar são medidas importantes. Também é crucial se manter hidratado, praticar exercícios regularmente e realizar exames de rotina para monitorar a função renal, especialmente se houver fatores de risco, como histórico familiar de doenças renais, diabetes ou hipertensão.
Fonte: Kiw Assessoria de Comunicação